O autoconhecimento é um dos muitos frutos que a psicoterapia nos permite colher. Corresponde a um processo contínuo que nos dá a oportunidade de trazer à consciência todos os aspectos do nosso ser: nossa história, opiniões, gostos, padrões, hábitos...Tomar consciência sobre a pessoa que somos e o que queremos nem sempre é um caminho fácil e agradável, considerando não só nossas qualidades e potencialidades, mas também nossas dificuldades e limitações. Ainda assim, é certamente um percurso essencial para o nosso crescimento e fundamental na construção de meios para enfrentar os obstáculos que a vida nos impõe. É através do autoconhecimento que nos tornamos capazes de compreender melhor a nós mesmos, possibilitando existir de maneira mais saudável e equilibrada.

Apesar de ser uma reação natural – assim como a alegria, a raiva, a tristeza - quando sentida de maneira muito intensa e duradoura pode se tornar uma emoção realmente incapacitadora. Além da preocupação e do medo, a ansiedade também pode proporcionar uma diversidade de sintomas desagradáveis, como: dores no estômago, aceleração cardíaca, tensão muscular, falta de atenção, irritabilidade e até perturbar o seu sono. Entre as demandas do dia a dia e a pressão de cumprir níveis de exigência cada vez mais surreais, a ansiedade muitas vezes se faz presente de modo excessivo, nos consumindo e nos privando de viver a vida com a qualidade que merecemos. E é aí que a psicoterapia pode te ajudar: caminhando ao seu lado para compreender os aspectos que envolvem essa sensação angustiante, fornecendo as ferramentas necessárias para neutralizar seus impactos negativos e fugir da sua ação controladora.

A depressão já foi um tema negligenciado durante muito tempo, sendo por muitas vezes tratado como sinônimo de frescura, preguiça, loucura e até como falta de vontade ou fé.

A realidade é que a depressão consiste em um transtorno verdadeiramente prejudicial que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo e precisa ser encarada com seriedade. Além de produzir mudanças no humor e desânimo constante, a depressão caracteriza-se pela sensação profunda de tristeza em conjunto com um intenso sentimento de desesperança. Os contextos para o desenvolvimento de quadros depressivos são diversos: desde o término de um relacionamento, desemprego, dificuldades financeiras e familiares, luto pela perda de um ente querido ou até não ter um motivo aparente, podendo ocorrer também em qualquer fase da vida.

A psicoterapia é parte fundamental para o tratamento de um quadro depressivo, por ser capaz de fornecer apoio e ferramentas necessárias para te auxiliar a reestruturar a sua vida de maneira mais saudável e equilibrada. Em alguns casos, sua eficiência se dá principalmente quando aliada ao trabalho de outros profissionais da área da saúde, como psiquiatras.

A autoestima é um sentimento originado da percepção que temos dos aspectos que constituem a nossa própria identidade. Isso inclui tanto os aspectos que gostamos, como também os que não apreciamos muito.

Quando sofremos com a autoestima baixa, tendemos a ser excessivamente autocríticos e inseguros, nos levando a crer que somos incapazes e incompetentes. Consequentemente, experimentamos efeitos tão prejudiciais a nossa qualidade de vida, que podem até reforçar sintomas depressivos e ansiosos.

No processo psicoterapêutico, buscamos estruturar maneiras de incentivar ações que nos permitam respeitar a totalidade de quem somos, fortalecendo a autoaceitação e autoconfiança, proporcionando um ambiente em que o amor próprio possa florescer.

Relacionamentos interpessoais englobam todo e qualquer tipo de interação que temos com uma ou mais pessoas, podendo ocorrer em inúmeros contextos: familiar, amoroso, acadêmico, de trabalho, religioso, comunitário e até virtual. Por sermos seres sociáveis, é natural nos depararmos com conflitos em meio a essas relações, geralmente ocasionados por situações de confronto, experiência de frustração de uma ou ambas as partes, divergências de opiniões, falhas de comunicação, diferenças de personalidade e objetivos incompatíveis. Manter boas relações, principalmente quando o vínculo emocional é profundo, nem sempre é uma tarefa fácil e pode render dificuldades de impacto intenso no nosso cotidiano, influenciando negativamente não só a nossa própria saúde mental e física, como o ambiente em que estamos inseridos e todos que nele se encontram. Na psicoterapia, tornamos os conflitos em oportunidades para desenvolvermos habilidades que auxiliem na resolução desses problemas, com o objetivo de construir maneiras saudáveis de interagir com todos que fazem parte do nosso convívio.

O luto representa um processo emocional e natural que ocorre em decorrência da perda de algo ou alguém que significa muito para nós. Geralmente associado à morte, o luto pode ser relacionado também a diversos outros contextos, como o término de um relacionamento, a necessidade de mudança, períodos de transição, falência de um negócio, perda de uma oportunidade e etc.

Durante todas as fases da vida passamos por experiências de perda e, apesar de fazer parte da natureza humana, aceitar a finitude daquilo que consideramos ter grande importância é de fato intenso, tendo o potencial de gerar alterações psicológicas, fisiológicas, emocionais, comportamentais e até sociais. Perder algo ou alguém pode ser um causador de estresse e dificuldades que incapacitam e desorganizam a vida a ponto de nos fazer acreditar que não conseguiremos suportar tamanha desesperança.

Por mais terrível que pareça, é possível vivenciar esse processo de maneira saudável.

A psicoterapia parte do entendimento que a expressão do luto é única para cada um e não acontece de forma linear, considerando as particularidades na nossa forma de interpretar as situações e as circunstâncias acerca da ocorrência em que se deu a perda. Para além do acolhimento, o processo psicoterapêutico tem o papel de auxiliar no enfrentamento e superação do luto, fornecendo meios para que você possa reorganizar seus pensamentos e sentimentos, construindo recursos que lhe permitam lidar com as dores que esse momento impõe.

Muitas vezes presente no dia a dia de todos nós, o estresse é a forma que o organismo encontra de responder a situações que nos tiram do eixo, influenciando diretamente o nosso equilíbrio. Diante de circunstâncias que exigem grande esforço emocional para serem superadas, nosso corpo reage com uma série de manifestações físicas, hormonais e psicológicas, buscando adaptação à demanda exigida. A exposição à essas sensações de estresse se tornam um problema quando sentidas de forma prolongada e intensa, aumentando significativamente as chances de impactos negativos à saúde mental e do corpo. Por isso, reduzir esses efeitos é essencial para a manutenção do seu bem-estar.

O processo psicoterapêutico visa trabalhar na construção de maneiras para aliviar o estresse a fim de garantir a proteção da sua saúde, não só no presente, mas também à longo prazo.

Compulsões são comportamentos reproduzidos de maneira repetida, excessiva e involuntária podendo acontecer também na forma de pensamentos. Guiada por uma forte pressão interna de satisfazer desejos e buscar conforto frente a sensações incômodas, as compulsões trazem a ilusão de só é possível encontrar alívio caso haja engajamento na atividade compulsiva. Porém, a tranquilidade sentida após a prática de atos compulsórios tem caráter apenas temporário, sobrando somente sentimento de culpa e mal-estar.

A compulsão se manifesta em níveis leves, moderados e graves, além de se apresentar em diversos tipos: alimentar, por compras, jogos de azar, roer unhas, lavar as mãos, arrancar os pelos de qualquer parte do corpo (tricotilomania), entre outros. Os prejuízos causados por comportamentos compulsivos vão desde comprometimento financeiro, emocional, social, psicológico e até físico.

A psicoterapia é um dos principais suportes para o tratamento das compulsões, através do auxílio a identificação da estrutura causadora do problema, evidenciando as relações mentais, emocionais e comportamentais dos episódios compulsivos para a construção de um ambiente em que o indivíduo tenha a capacidade de modificar os padrões prejudiciais e controlar seus impulsos de maneira mais consciente.